
Mas acabou ficando só na Europa, de onde, depois de passagem pela Itália, teria zarpado em um cruzeiro com amigos no Mediterrâneo, passando pela Croácia. Depois que o deputado estadual Heitor Ferrer (PDT) lançou a campanha no Facebook “Cadê o governador?” e impetrou requerimento de informações sobre países visitados, passagens, hotéis e contratos assinados, Cid Gomes disse nesta sexta-feira, no Twitter, que parte da viagem foi a passeio, porque “ninguém é de ferro”.
No período em que o governador esteve ausente, o vice Domingos Filho (PMDB) também viajou para Arábia Saudita e Israel, segundo sua assessoria, numa agenda “mix”: parte oficial e parte particular. O comando do governo foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque (PSB).
“Parte da minha agenda foi de eventos oficiais e que estão publicados no Diário Oficial. Outra parte foi particular, sem pagamento”, admitiu Cid Gomes, no Twitter, justificando: “Eu sou de carne e osso e fisicamente preciso, vez por outra, de um descanso...”.
A viagem para a Coreia, motivo principal de sua ausência do país, não aconteceu. Mas, segundo a sua assessoria, Cid teve trabalho na Itália, onde visitou fábricas de trens que estão preparando vagões e máquinas para o metrô de Fortaleza, além da fábrica de elevadores da Hyundai. Também teria assinado convênios para investimentos no campo. Ferrer pediu cópia dos convênios assinados.
— A Assembleia Legislativa, que é o poder que controla os atos de governo, não sabe para onde o governador foi — diz Ferrer, que não tem muita esperança de ver o requerimento aprovado, já que a oposição ao governador é minoria.
Sobre a polêmica viagem, circulam informações, não confirmadas, de que Cid Gomes teria viajado em um iate do empresário Alexandre Grendene, sócio da indústria de calçados com filial no Ceará, e que na última eleição doou R$ 1,2 milhão para a reeleição do governador.
Logo depois da reeleição, em 2011, Cid embarcou com a mulher num jatinho de Grendene para passeio nos Estados Unidos. Na época, Heitor Ferrer também pediu investigação na Assembleia, mas seu pedido foi derrotado por 40 votos a um.
Fonte: 180 graus
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